Com uma greve de três horas por turno e uma concentração, das 11 às 16 horas, em frente à fábrica, na Maia, as trabalhadoras da Fico Cables comprovaram que estão unidos e firmes na exigência de melhores salários e eliminação da discriminação.
15.2.2024
O SITE Norte soube que, devido à adesão a esta jornada de luta, foi alterado o dia da visita do accionista a esta empresa do Grupo Ficosa International.
A greve foi decidida em plenário de trabalhadores, no dia 5, por unanimidade.
O sindicato destacou dois motivos fundamentais, na raiz da decisão.
Os aumentos salariais anunciados para este ano não valorizam nem dignificam os trabalhadores. Ao definir um salário mínimo interno de 825 euros, numa tabela que, em inúmeros casos, não acompanha o valor da actualização do salário mínimo nacional, a Fico Cables persiste numa política salarial que tem levado os trabalhadores a perderem poder de compra, colocados numa situação em que empobrecem a trabalhar.
O segundo motivo é a avaliação de desempenho, que está directamente ligada aos salários baixos.
Desde há muito anos e cada vez mais, essa avaliação é feita sem critérios claros e objectivos, de uma forma enviesada, servindo para travar a progressão salarial dos trabalhadores. Por isso, merece repúdio e rejeição por parte dos trabalhadores.
Para a emissão do pré-aviso de greve e a concretização da jornada de luta de hoje, contribuiu igualmente a forma engenhosa como, mais uma vez, a Fico Cables respondeu à reivindicação do dia de aniversário.
Isto acresceu à falta de respostas positivas a todas as outras reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente: redução do horário de trabalho, actualização do subsídio de alimentação e eliminação das discriminações no pagamento do trabalho extraordinário ao sábado.
Ver também
— Nota do SITE Norte à comunicação social, com contacto para declarações
— Pré-aviso de greve
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