Os trabalhadores da Ascenza Agro (antiga Sapec), em Setúbal, vão fazer greve por 24 horas no dia 4, quinta-feira, e concentram-se, pelas 8 horas, junto da portaria (Avenida do Rio Tejo, Herdade das Praias), para exigirem aumento dos salários, reposição dos plafons do seguro de saúde e manutenção de todos os postos de trabalho.
2.4.2024
A luta, como refere o SITE Sul numa nota de imprensa divulgada ontem, foi decidida por larga maioria, nos plenários de trabalhadores realizados a 25 de Março.
O sindicato imputa a responsabilidade do conflito à Administração, porque recusa negociar o Caderno Reivindicativo, nomeadamente a actualização salarial, mas também por alterar os plafons do seguro de saúde, sem ter discutido a medida com os trabalhadores. A greve é também contra o despedimento colectivo intentado e pela defesa de todos os postos de trabalho.
Num comunicado aos trabalhadores, após os plenários de 25 de Março, o sindicato explicou que a administração alega dificuldades em manter a viabilidade do negócio, para justificar a negação de aumentos salariais anuais, e para defender a necessidade de reestruturação, levando a cabo um processo de despedimentos colectivo. Além disso, faz questão de promover um clima de receio e insegurança por todas as secções da fábrica.
No entanto, a empresa apresenta investimentos na unidade fabril e continua a ter níveis de produção consideráveis, com reflexos positivos nos lucros. E, logo a seguir a um despedimento coletivo, admite novas contratações.
Estes factos provocam muitas dúvidas, quanto à veracidade dos motivos que conduziram ao despedimento coletivo, e reforçam a convicção dos trabalhadores de que a Ascenza Agro tem condições para responder positivamente às suas justas reivindicações.
Ver também
— Nota de imprensa do SITE Sul (1.4.2024)
— Comunicado aos trabalhadores da Ascenza Agro e pré-aviso de greve (25.3.2024)