A Fiequimetal condena a decisão da Autoridade da Concorrência (AdC) de não oposição à aquisição da EGF por parte da SUMA (Grupo Mota-Engil), aliada à Urbaser espanhola. Facultou assim a AdC a passagem de um serviço essencial às populações e que, pela sua natureza, é de âmbito obrigatoriamente público, para as mãos de uma empresa privada.
31.7.2015
Num comunicado aos trabalhadores, a federação assinala que a AdC permitiu, com tal decisão, que o serviço público de coordenação e gestão da recolha, tratamento e valorização dos resíduos passasse, em forma de monopólio, para as mãos de privados, que não procuram outra coisa senão o lucro fácil, que vão procurar obter através das tarifas sobrevalorizadas a cobrar aos municípios e, consequentemente, às populações.
Com este negócio, mais uma vez, os principais prejudicados serão o País, a população e os trabalhadores, que vêem ameaçados os seus postos de trabalho e os direitos adquiridos e inscritos na contratação colectiva existente em algumas das empresas pertencentes à EGF.
Conforme já foi denunciado, é intenção da SUMA, após a aquisição da EGF, proceder à junção de empresas em cerca de cinco anos, criando um excedente de cerca de 25% de postos de trabalho. Isto representa uma diminuição brutal nos postos de trabalho e, consequentemente, na capacidade de prestação de serviços de qualidade à população, para além de contribuir sobremaneira para a calamidade nacional que é o nível de desemprego existente actualmente no país.
A Fiequimetal reafirma que a EGF deve manter-se na esfera pública, pois esta é uma condição essencial para assegurar uma política de resíduos que seja determinada pelos interesses da população e por razões ambientais, e não pelo lucro de um qualquer grupo económico.
Ver também:
- Comunicado da Fiequimetal em pdf
- Posição do STAL/CGTP-IN
- Conferência de imprensa da Plataforma em defesa da Valorsul como empresa pública
