Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - CGTP-IN

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20230920IndoramaO lay-off anunciado pela administração da filial da multinacional tailandesa Indorama Ventures mostrou que esta quer continuar a viver à conta do Estado e dos trabalhadores, acusou o SITE Sul, que exige a intervenção do Governo e realizou novo plenário esta quarta-feira, dia 20, às 10 horas, na portaria da fábrica, em Sines (na foto).
20.9.2023  

 

A proposta de lay-off apresentada pela administração da Indorama é, a todos os níveis, inaceitável, afirma o sindicato, num comunicado que emitiu hoje. A rejeição foi também a posição assumida pelos trabalhadores, em plenário realizado na segunda-feira, dia 18.

O anúncio do lay-off por seis meses, renováveis por igual período, mostra ao que vem a multinacional: pretende que os trabalhadores recebam apenas 66 por cento do seu salário actual durante o próximo ano.

A comissão sindical do SITE Sul sublinha que o valor pago aos trabalhadores no período de lay-off é, na maior parte, suportado pela Segurança Social (ou seja, pelos descontos dos próprios trabalhadores). Esse valor poderia, a partir dos 66 por cento, ser compensado pela empresa até à totalidade dos salários.

Mas a Indorama - uma multinacional com mais cem fábrica em todo o mundo e com uma valorização bolsista de 4000 milhões de dólares - recusa qualquer pagamento acrescido aos trabalhadores neste período.

Além dos 134 trabalhadores da Indorama que vão para lay-off, já foram dispensadas cerca de 80 pessoas em postos de trabalho indirectos. Apenas ficam de fora do lay-off 17 trabalhadores, a maioria deles com cargos de direcção (aqueles que mais ganham), sem perderem regalias.

O sindicato manifesta ainda grandes preocupações relativamente à segurança das instalações, porque há intenção de reduzir o número de trabalhadores destinados a assegurar a integridade de uma fábrica com reconhecido risco de acidente ambiental industrial (classificação SEVESO), com impacto directo na região.


Ver também
Comunicado do SITE Sul (19.9.2023)
Fábrica da Indorama em Sines quer avançar com `lay-off` durante seis meses (Lusa na RTP, 19.9.2023)
Sindicato preocupado com paragem da produção em fábrica de Sines (Lusa no ECO, 18.8.2023)
CGD desfaz-se da Artlant, a fábrica de Sines que financiou em mais de 500 milhões (Jornal Negócios, 9.11.2017)
Fábrica da La Seda em Sines está insolvente, Caixa arrisca perder 500 milhões (Público, 28.7.2017)

 

 

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