Ontem, durante a manhã, os trabalhadores da Teijin Automotive Technologies, no Complexo Industrial da Volkswagen, em Palmela, organizados no SITE Sul, reuniram-se em plenário e concentraram-se no exterior das instalações, em protesto contra o despedimento colectivo intentado pela multinacional.
11.10.2025
Após ter rescindido os contratos com todos os trabalhadores que estavam a termo certo e incerto, a administração da antiga Inapal Plásticos decidiu realizar um despedimento coletivo.
O SITE Sul, ao anunciar o protesto de dia 10, reconheceu que a empresa atravessou um período menos positivo, com uma baixa de produção, devido à flutuação habitual do mercado automóvel. Mas possui um número significativo de novos projetos para o ano de 2026, cuja fase de arranque começa já no final deste mês.
A decisão de promover um despedimento colectivo não é coerente com a realidade produtiva da Teijin em Palmela, afirma o sindicato.
A empresa irá necessitar dos trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo, para dar resposta aos novos projectos. Ou seja, tendo em conta o planeamento da produção, é mais do que evidente que este despedimento colectivo não é necessário.
Nenhum dos motivos apresentados pela administração para justificar o despedimento coletivo transmite a veracidade e a coerência que seriam necessárias, para os trabalhadores acreditarem que este processo não tem segundas intenções. Assim, permanece a convicção de que este processo é movido por interesses alheios à sustentabilidade financeira da empresa.
O plenário de protesto foi marcado para o mesmo dia e hora em que se realizou uma reunião da administração com o sindicato, mediada pela DGERT (Ministério do Trabalho) sobre o despedimento coletivo. Nessa reunião, a administração manteve a intenção de concretizar o despedimento colectivo e ficou de dar respostas às questões colocadas pelo sindicato.
O plenário começou no interior, onde foi aprovada a decisão de sair, em protesto, para junto da entrada principal da fábrica.
Desta forma, os trabalhadores demonstraram aos responsáveis patronais que estão solidários com os camaradas incluídos no processo de despedimento colectivo e e estão unidos na luta para que a administração abandone essa intenção.
Ver também
— Nota do SITE Sul à comunicação social