A Fiequimetal e os sindicatos vão começar uma forte acção de reivindicação, nas empresas fabricantes de material eléctrico e electrónico, pelo aumento justo dos salários, pela redução da carreira de operador especializado e pelo fim das discriminações no pagamento de diuturnidades.
23.1.2016
A partir do trabalho de definição das reivindicações, realizado com a participação de dirigentes e delegados sindicais, vai agora desenvolver-se a informação e esclarecimento junto dos trabalhadores (que, na grande maioria, são mulheres), com a realização de plenários, reuniões e diversas outras formas de contacto e mobilização, de que se destaca a distribuição de um comunicado e a recolha de subscrições para um abaixo-assinado.
Quem perdeu e quem ganhou?
No comunicado da Fiequimetal recorda-se que nos últimos anos os trabalhadores do sector sofreram, em resultado das políticas de austeridade, uma significativa redução dos seus rendimentos. Isto resultou do monumental aumento de impostos; de actualizações salariais que deixaram nos cofres das empresas milhões de euros; do agravamento dos custos no acesso aos serviços públicos, nos cortes das prestações sociais – medidas políticas todas elas negativas e que concorreram para a perda do poder aquisitivo dos salários.
No entanto, em 2014 seis empresas multinacionais registaram 65 milhões de euros de lucros!
Para colocar as principais multinacionais deste sector no ranking daquelas que escandalosamente mais proveito retiraram da mão-de-obra, atingindo taxas de rentabilidade nunca antes verificadas, contribuíram as actualizações salariais miseráveis, o roubo de diuturnidades e de feriados, a redução do pagamento do trabalho suplementar, os benefícios fiscais para promoção da precariedade, o aumento desenfreado dos ritmos de trabalho.
O peso dos salários significa apenas 27% nos custos totais de produção, demonstrando que é falso o argumento do patronato de que o aumento dos salários prejudicaria a competitividade!
Por aumentos salariais justos
O sector necessita de aumentos justos dos salários, que contribuam para a melhoria das condições de vida, o aumento da produtividade e da procura interna e que promovam a criação de emprego.
No sector FMEE, a federação, os sindicatos e os trabalhadores vão reivindicar: 40 euros de aumento salarial, 6,50 euros de subsídio de refeição e 32 euros para cada diuturnidade.
Ver também:
- Comunicado da Fiequimetal
- Abaixo-assinado