Na negociação do contrato colectivo do sector metalúrgico e metalomecânico, a Fiequimetal e os sindicatos vão colocar aos representantes patronais as reivindicações para 2017, destacando-se o aumento dos salários, em valor nunca inferior a 40 euros. As propostas estão divulgadas em comunicado e vão ser levadas a plenários nas empresas.
24.9.2016
Na reunião do grupo de trabalho da federação para o sector, realizada esta semana, foi salientada a necessidade de intensificar a acção reivindicativa nas empresas tendo por objectivo a melhoria imediata das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores. Por outro lado, há que potenciar o desenvolvimento da luta, com vista a contrariar a estratégia patronal de protelamento das negociações do contrato.
A associação patronal AIMMAP tem imposto um ritmo lento e diversos condicionalismos no processo negocial, que decorre há mais de sete anos. Apenas se realizaram 67 reuniões e discutiu-se só 90 cláusulas.
Alguns acordos alcançados em cláusulas, como o «período experimental» e o «trabalho nocturno», foram importantes para a acção sindical nas empresas. Mas, devido aos objetivos patronais de retirada de direitos, não foi possível estabelecer acordos nas matérias mais importantes, como a duração e organização do tempo de trabalho, a retribuição, as férias, os feriados e as faltas, tal como outros direitos que estão integrados na prática das empresas mas que o patronato pretende pôr em causa.
Este processo negocial tem mostrado que há capacidade de mobilização dos trabalhadores para a luta nas empresas. Na verdade, temos visto que, após realizarmos acções de luta, verifica-se uma maior disponibilidade negocial da associação patronal.
A federação e os sindicatos vão estimular a realização de plenários e outras reuniões de trabalhadores, para apresentação de propostas reivindicativas capazes de dinamizar a acção e a luta pela exigência da reposição de direitos roubados e pela conquista de melhores condições de vida e de trabalho. Vão também persistir na apresentação de cadernos reivindicativos a nível de um grande número de empresas.
Ver também:
- Comunicado aos trabalhadores do sector metalúrgico e metalomecânico
Documento da CGTP-IN
