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CGTP-8Nov-banner

20161104ManutRefinSines arquivoOs trabalhadores das empresas do consórcio de manutenção da Refinaria da Petrogal em Sines (EFATM, ATM, AC Services, Globaltemp, CMN, Efacec, Nice Job e Metalcas) decidiram voltar a fazer greve, exigindo o aumento dos salários e a actualização do subsídio de refeição, informou o SITE Sul.
5.11.2016


Reunidos em plenário no dia 4, sexta-feira, e perante a falta de qualquer resposta das empresas do consórcio às suas justas reivindicações, os trabalhadores decidiram marcar dois dias de greve, entre as 10 horas do dia 17 e as 24 horas do dia 18.

Durante o período da greve, mostram também a sua total indisponibilidade para fazer qualquer trabalho suplementar.

No dia 17, a partir das 8h30, os trabalhadores vão concentrar-se à porta da refinaria, para realizarem um plenário até ao início da greve.

Os objectivos da greve são:
 - aumento salarial, igual para todos os trabalhadores;
 - actualização do subsídio de refeição, de valor igual para todos os trabalhadores;
 - pagamento de todo o trabalho suplementar realizado, com valor igual para todos os trabalhadores das empresas do consórcio;
 - pagamento do salário no último dia útil do mês aos trabalhadores da Globaltemp e da CMN.

Solidariedade da CCT

Em comunicado, a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal exigiu que a administração da empresa aja firmemente para erradicar todas as formas de precariedade nas suas instalações e prestou a sua solidariedade com a luta dos trabalhadores do consórcio de manutenção da refinaria de Sines.

A CCT refere que a nova legislação para combate às formas modernas de trabalho forçado (Lei 28/2016) poderá ser um instrumento importante para reduzir a precariedade laboral e vem levantar questões que, na Petrogal, estão assumidas em documentos que, regra geral, não passam de bondosas declarações de intenções sem impacto na realidade concreta dos trabalhadores e nos vínculos praticados e nos atropelos diários.
São apontados alguns exemplos:
 · a proliferação dos «contratos à hora»;
 · a atribuição de valores fictícios como «ajudas de custo»;
 · o desaparecimento de empresas, ficando apenas as dívidas aos trabalhadores;
 · a prevenção e despiste das doenças profissionais dos trabalhadores.

Com responsabilidades acrescidas pelo peso da lei, a administração deve tomar medidas para fiscalizar e corrigir as condições indignas em que muitos trabalhadores enfrentam dentro da Petrogal. É contra essa situação que lutam os trabalhadores do consórcio de manutenção da refinaria de Sines, aos quais a CCT manifesta solidariedade.

Ver também:
- Comunicado de imprensa do SITE Sul
- Comunicado 18/2016 da CCT da Petrogal
- Pré-aviso de greve
- Lei n.º 28/2016 - Combate as formas modernas de trabalho forçado...
- Luta pelos salários com greve forte em Sines (13.10.2016)

 

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